foto: internet
Naquela árvore vejo o meu próprio destino:
- brota da terra, cresce, reverdece e enflora!
ontem, - pequeno arbusto humilde e pequenino,
tronco a elevar-se altivo pelo espaço, - agora...
Naquela árvore vejo a minha própria vida,
veio do mesmo pó de onde todos brotamos,
e no esforço da luta e na ânsia da subida
desconjuntou seus galhos... retorceu seus ramos! ...
Em mim, o homem rasgou minha alma e a encheu talvez
de feridas mortais e eternas cicatrizes
nela, - o tronco marcou, quebrou seus ramos, fez
talhos por onde foge a seiva das raízes...
Naquela árvore humana um destino se encerra:
para viver: - lutou! ... para subir: - sofreu!...
E transformou em flor e em fruto o húmus da terra,
e indiferente, ao mundo, os ofertou como eu!
Se se cobriu de folhas, de botões surgidos
à flor da fronde assim como pingos de aurora,
- por dentro, os galhos tortos, rudes, retorcidos,
são as ânsias de dor que ninguém vê por fora...
Por consolo, - quem sabe? - a Natureza deu
ao peito de alguns homens coração de poeta,
assim como as ramagens do arvoredo, encheu
com a música das aves, gorjeante e inquieta...
Naquela árvore, vejo a minha própria vida;
no ser: - a mesma seiva bruta e dolorida;
na face: - a fronde em flor sob a luz e os orvalhos...
E o seu consolo e o meu, e o consolo da gente,
são os pássaros a encher de sons alegremente
as dores e as torturas íntimas dos galhos!
J. G. de Araújo Jorge
Teca bello y lindo poema.
ResponderExcluirGracias por su amable comentario que pase una buen semana
Cordial Saludos de José Ramón
Hola Teca.
ResponderExcluirEl árbol nos alimenta nos da el áire que respiramos y nos invita a descansar bajo la sombra de sus ramas.
Un abrazo.
So artistic! Hugs.
ResponderExcluirEl árbol de la vida
ResponderExcluirBonita reflexión.
Besos
Essa árvore da foto é real? Teca, vc esqueceu de colocar o link do seu blog abaixo do título da postagem no Oceano Virtual, mas eu já consertei pra vc. Vou procurar saber mais sobre este poeta. Boa segunda-feira! Inté mais!!!
ResponderExcluirJosé, esse poeta brasieiro ficou conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático. Foi um dos poetas mais lidos, e talvez por isso mesmo, o mais combatido do Brasil.
ResponderExcluirBeijos e uma semana abençoada pra você.
APU, a árvore é um verdadeiro presente da mãe natureza.
Saúde e beijos.
Allison, também achei linda!
Beijos.
Felipe, não sei se a árvre é real, mas é fantástica!
Você vai se encantar com esse poeta. Ele nos deixou um verdadeiro legado poético.
Beijos e obrigada pela ajuda no Oceano.
Begoña, é mesmo uma linda reflexão para toda a vida!
ResponderExcluirBeijos.
Linda alusao entre arvore e palavras.
ResponderExcluirMuito bonito e sensível!
Beijos, mocinha!
Criss, estava sentindo sua falta... ;)
ResponderExcluirBeijocas.
Very interesting poem..................
ResponderExcluirTeca, precioso poema, quizás un poco triste pero recordemos que los árboles, casi todos, nos dan sus frutos, frutos materiales o bien del espíritu, como en este caso.
ResponderExcluirLa imagen es preciosa.
Un saludo afectuoso.-
Mas que beleza de imagem.
ResponderExcluirRealmente parece uma mulher. O poema está de encantar e, não podia estar melhor enquadrado.
Quanto aos descendentes das andorinhas, só para o ano que vem, voltam ao sítio. Se não se perderem pelo caminho terão que fazer casa ao lado, pois eu dou-lhes espaço. É umaternura ver o vai e vem dos pais a alimentá-los. O curioso é que estão sobre uma porta em que chegamos á vontade ao ninho e, elas não têem mêdo.Os filhotes da primeira postura, vêem dormir todos os dias para perto dos pais.
Amin, que bom que gostou... :)
ResponderExcluirBeijos.
Juan, as árvores nos dão frutos em todos os sentidos. O espírito do ser humano deve estar aberto para recebê-los.
Beijos e obrigada pelo carinho de vir aqui me visitar.
João, lembro-me de quando eu era criança e o meu pai me mostrava os filhotinhos nos ninhos... às vezes, ainda em ovinhos... a natureza é tão pródiga!
Beijos, querido amigo.
Un texto muy bonito sin duda. Son tuyos?
ResponderExcluirtrotasendas, o texto é lindo como tudo de J. G. de Araújo Jorge.
ResponderExcluirBeijos, querido amigo!
just look at that tree..
ResponderExcluirlike a pole dancing gal..
one leg on the floor..
another leg on the air..
and two hands up with joy..
head up..
one thing u forgot..
ResponderExcluirthe roots..
yes the roots are there..
searching something underneath..
that is the balance between -
up and down..
and grow only in dark - as of our soul..
me always use to see trees as a replica of us only..
they give oxygen and we give carbon to them..
a sharing relationship..
thanks for sharing..
arvind, obrigada por vir...
ResponderExcluirBeijos.