sexta-feira, 19 de março de 2010

O último poema


foto: internet


Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira


2 comentários:

  1. Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

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  2. "Assim eu quereria meu último poema..."

    Saudações deste Brasil de flores e cores, amores e sabores!

    :)

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