quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O idiota e o cidadão: uma questão de consciência política


Quem é você? Quem vai construir o Brasil?
Existe uma diferença básica entre aqueles que querem alterar a nossa consciência:
Há os idiotas que querem nos transformar em Idiotas.
Há os cidadãos que querem nos transformar em Cidadãos.
Há os que, como a maioria de nós, não pensam criticamente nos assuntos.
Para os que querem nos transformar em Idiotas, tudo é mais fácil; basta-lhes mostrar:
Que os problemas estão fora de nosso alcance;
Que o melhor é não nos envolvermos, pois isso é perigoso;
Que temos, na verdade, que defender o que é nosso.
Para os que querem nos transformar em Cidadãos, tudo é mais difícil:
Têm que se expor na frente dos idiotas e idiotizáveis,
Arriscam o seu bem-estar particular por uma causa maior,
Têm que lutar contra a inércia da maioria de nós.
A nós cabe definir o papel da corda que a democracia nos dá:
Podemos usá-la para tirar do poço a água que vai matar a nossa sede,
Podemos usá-la para enrolá-la à volta do pescoço e com ela nos enforcarmos,
Podemos usá-la, lúdica e inconsequentemente, para uma brincadeira infantil.
Uma questão de postura e dimensão:
Para os Idiotas o mundo é para eles; querem reduzi-lo à sua dimensão;
Para os Cidadãos, eles são para o mundo, querem adquirir a sua dimensão;
Para os Idiotizáveis, o mundo é algo além de suas possibilidades.
Uma questão de espírito:
O Idiota, em serviço público ou particular, tem espírito particular,
O Cidadão, em serviço público ou particular, tem espírito público,
Os Idiotizáveis... Bem, esses são uns pobres de espírito.
E o que acontece no final?
Se vencerem os Idiotas, teremos a exploração e/ou a tirania,
Se vencerem os Cidadãos, teremos uma sociedade melhor,
Se vencerem os Idiotizáveis... Alguém já ouviu falar nisso?

Do livro "Sintomas de uma época - Quando o ser humano se torna um objeto" de Luiz Roberto Londres, editora Bom texto, cuja leitura recomendo.


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